Economia circular: um modelo econômico mais sustentável
O conceito visa valorizar o processo produtivo que contempla a redução, a reutilização, a recuperação e a reciclagem de materiais, desde a sua concepção até o descarte
Muito se fala em economia circular. Mas, afinal de contas, o que significa e o que tem a ver com o nosso dia a dia? Trata-se de um modelo mais eficiente de crescimento em que há menor impacto ao meio ambiente, com utilização de energia e recursos renováveis, bem como de resíduos reciclados como matéria-prima para novos produtos.
É uma transformação cultural em relação ao modelo atual de produção, consumo e descarte – a economia linear – e torna-se possível a partir de decisões que começam no gerenciamento dos recursos para produção, passam pelo design do produto, pelo consumo consciente, destinação final e coleta adequadas e chegam à reciclagem e logística reversa para o desenvolvimento de novas soluções em produtos e serviços a partir da resina pós-consumo. Esse conceito representa o resgate aos ciclos da natureza.
Neste ciclo de uma economia mais próspera, inovadora e sustentável, todos podem contribuir. “Todos nós, tanto a indústria quanto a sociedade, temos papel fundamental. Se um elo deste caminho estiver enfraquecido, toda a cadeia será impactada. Na cadeia produtiva, três pontos são fundamentais: o trabalho em conjunto com os parceiros em prol do design circular, ou seja, da criação de produtos que já considerem o seu fim de vida útil, buscando a reinserção em um novo processo produtivo, dando início a um novo ciclo de vida, através do reúso e/ou da reciclagem; a parceria em ações de conscientização ambiental, que visam ampliar o conhecimento sobre consumo consciente, pós-consumo e a importância do descarte adequado e a valorização do produto feito a partir de resina reciclada”, afirma a diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul, Fabiana Quiroga.
Ela reconhece que ainda existem grandes desafios, entre os quais o comprometimento da indústria de produção e transformação plástica no desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis, que considerem itens como o design e a escolha de matéria-prima, logo no início do desenvolvimento, para facilitar o processo de reciclagem.
Também é necessário maior engajamento do consumidor para dispor de forma adequada o resíduo que, consequentemente, aumenta o volume de material para reciclagem, o que é fundamental para que o setor cresça. Além disso, o maior envolvimento do setor público na ampliação da coleta seletiva e o investimento em tecnologia e inovação em sistemas de lavagem e extrusão, que ampliem as possibilidades de aplicação da resina pós-consumo, são essenciais. Como maior produtora de resinas termoplásticas das Américas e líder mundial na produção de biopolímeros, a Braskem faz a sua lição de casa e está engajada em contribuir com a cadeia de valor para o fortalecimento da economia circular. Desde 2018, a companhia está formalmente comprometida em fazer parte de uma economia circular global, valorizando o processo produtivo que contempla a redução, a reutilização, a recuperação e a reciclagem de materiais. Saiba mais no site.
No final de 2020, a companhia deu outro importante passo e anunciou a ampliação dos seus esforços para se tornar uma empresa carbono neutro até 2050, além de expandir seu portfólio de produtos com conteúdo reciclado, chegando a 300.000 toneladas em 2025 e 1.000.000 em 2030. Para alcançar a neutralidade de carbono, a estratégia da companhia concentra-se três frentes de atuação: redução das emissões com foco na eficiência energética, bem como no aumento do uso de energia renovável nas operações atuais, estabelecendo parcerias visando inovação e tecnologia; compensação de emissões com potenciais investimentos na produção de químicos e polímeros de origem renovável; e a captura de emissões de carbono por meio da pesquisa e do desenvolvimento para seu uso como matéria-prima.
Para ampliar exponencialmente o volume de produtos reciclados, vem desenvolvendo parcerias, inovação e tecnologia para alcançar seus objetivos. Como exemplo, a parceria com a Tecipar, empresa brasileira especializada em engenharia ambiental, evitará que mais de duas mil toneladas de resíduos plásticos sejam despejadas anualmente no aterro sanitário de Santana do Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo. Além disso, em parceria com a Valoren, empresa especializada no desenvolvimento e operação de tecnologias para a transformação de resíduos, a companhia investirá R$ 67 milhões na construção de uma linha de reciclagem com capacidade para transformar cerca de 250 milhões de embalagens em 14 mil toneladas de resina pós-consumo de alta qualidade por ano.
Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/
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